O Museu da Inocência de Orhan Pamuk
Prémio Nobel da Literatura em 2006
«O Museu da Inocência é o primeiro romance que o turco Orhan Pamuk publica depois de lhe ter sido atribuído o Prémio Nobel em 2006. Segundo o próprio contou à imprensa, demorou seis anos a escrevê-lo. E isso nota-se, porque apesar de, em termos da forma narrativa, ser o mais convencional da sua obra, nenhum dos inúmeros e refinados pormenores foi deixado ao acaso, nada soa a falso, é um livro de imagens cuidadas e de reminiscências de um "tempo perdido”, de uma felicidade perdida, com o mestre Marcel Proust a assomar e a acenar de vez em quando do fundo da história, com páginas finais inesquecíveis em que o autor se dá ao luxo de poder piscar o olho aos leitores sem os irritar: “Viva, quem vos escreve é Orhan Pamuk!”. Este romance é Pamuk no melhor charme da sua arte de narrar. E, ao mesmo tempo, a criar uma personagem, Kemal Basmaci, que, se não entrar para a história da literatura, ficará na memória de muitos leitores por muitos anos como uma das mais singulares, uma espécie de primo turco, rico e infeliz, de Florentino Ariza (de O Amor em Tempos de Cólera, de García Márquez).» José Riço Direitinho, in Público. SABER MAIS